Presidente em exercício da CBF, Nunes visita Amarildo, o Possesso
Na copa de 62, vencida pelo Brasil, que lhe garantiu o ''bimundial'' Pelé a estrela da Seleção contundiu - se no jogo de estreia do Brasil, e ficou de fora dos jogos, mas no banco de reservas tinha um atacante chamado ''Amarildo'' atleta do Botafogo, ele e Garrincha comandaram o Brasil no título de 1962.
O site da CBF publicou uma matéria datada de 10/08/2021 em que o presidente em exercício da CBF fez uma visita ao ex craque
- O Presidente em exercício da CBF, Antônio Carlos Nunes, realizou uma visita a Amarildo na manhã desta terça-feira (10). Campeão mundial em 1962 com a Seleção Brasileira, o `Possesso’, como ficou eternizado, recebeu o dirigente da entidade maior do futebol brasileiro em sua casa, no bairro de Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Durante a visita, o Presidente da CBF presenteou o herói do bicampeonato mundial com um kit da Confederação, com destaque para os uniformes oficiais da Canarinho - a tradicional Amarelinha e o 2º uniforme, em tom azul marinho. Além dos mantos da Seleção Brasileira, Amarildo recebeu, das mãos de Nunes, uma cadeira de rodas para auxiliar em sua locomoção.
“Quando eu recebo uma honra dessas é que eu dou valor a mim mesmo. Mas nunca me aproveitei, tirei vantagem do meu nome, daquilo que fiz. Isso (reconhecimento), para mim, é uma coisa espetacular. É melhor que uma taça de campeão. Essa visita foi uma injeção (de ânimo), como se fosse uma vitamina. Me veio tudo de uma vez (lembranças daquela época)”, exaltou Amarildo, antes de ouvir as palavras do Presidente da CBF.
“Afirmando nosso irrestrito apoio e solidariedade com quem sempre honrou ao máximo o nosso país através do futebol, a Confederação Brasileira de Futebol dispôs-se a colaborar com a doação de uma cadeira de rodas para auxiliá-lo em sua locomoção. É uma grande satisfação poder contribuir para melhorar a qualidade de vida daquele que tanto nos emocionou e encheu de orgulho durante sua trajetória pela Seleção Brasileira”, ressaltou Nunes.
Ao longo da recepção, Antônio Carlos Nunes e Amarildo relembraram os principais feitos da trajetória do Possesso – desde a idolatria conquistada no Botafogo, os anos de ouro no futebol italiano, até a consagração como um dos heróis da campanha do título mundial em 1962.
Naquela ocasião, inclusive, o atacante teve a responsabilidade de substituir Pelé, que se lesionou na segunda partida e ficou de fora do resto do Mundial.
A pressão de substituir o Rei do Futebol poderia abalar muitos, mas não Amarildo. Logo em seu primeiro jogo como titular, o atacante foi crucial ao marcar os dois gols da Canarinho no triunfo diante da Espanha, por 2 a 1.
A vitória credenciou a Seleção Brasileira para as Quartas de Final da Copa do Mundo e manteve vivo o sonho do bicampeonato. Na grande final, contra a Tchecoslováquia, ‘Possesso’ voltou a balançar as redes e ajudou o Brasil a sair do Chile com a taça de campeão do mundo.
“Esse nome (Possesso), eu gosto. Porque me sentia assim no campo. Não senti isso de substituir o Pelé, para mim era um estímulo. Eu pensava: ‘se eu posso substituir o Pelé é porque eu mereço’.
Tinha que procurar fazer o meu melhor”, admitiu o ex-atacante da Seleção Brasileira.
O jogador fez carreira no futebol italiano
''Futebolista de muita habilidade, artilheiro, ponta-esquerda, Amarildo foi figura muito importante na Copa do Mundo de 1962, na qual substituiu Pelé, contundido, participando de quatro jogos e marcando três gols: dois diante da Espanha e um contra a Tchecoslováquia, na final da Copa.
Em 1963, foi negociado com o AC Milan, da Itália, onde fez sucesso, jogando até 1967. Jogou ainda na Fiorentina (de 1967 a 1971) e na AS Roma (de 1971 até 1972). Voltou ao Brasil em 1973, para defender o Vasco, time no qual encerrou a carreira em 1974.
No Botafogo foi "eternizado" como titular do maior ataque do Glorioso em todos os tempos: Didi, Garrincha, Quarentinha, Zagallo e Amarildo. Considera-se que Amarildo e Garrincha ganharam "sozinhos" a Copa do Chile para o Brasil. No Milan, na decisão do Mundial de Clubes contra o Santos em 1963, ele integrou o célebre ataque rubro-negro ao lado de Mora, Lodetti, Mazzola e Gianni Rivera.
Por pouco não jogou futebol. Foi dispensado dos aspirantes do Flamengo. Resolveu servir ao exército, até que o jogador Paulistinha o convenceu a fazer teste no Botafogo. Acabou aprovado. No alvinegro carioca fez 238 partidas e 135 gols, sendo Bicampeão Carioca (1961/1962), Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1962 e da Copa Intercontinental de Clubes da França 1963.
Recebeu o apelido de "Possesso" depois da excelente participação na Copa do Mundo de 1962. Pela Seleção Brasileira de Futebol fez 25 jogos (3 não oficiais) marcando 9 gols (2 não oficiais)''
PESQUISA: MAGNO MOREIRA E MAX SANDERS SMITH
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