Craques pra sempre: Zico, o galinho de Quintino
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Elegante com o domínio da bola, é um dos maiores ídolos do nosso futebol |
Talvez esteja no mesmo nível de Garrincha e Pelé, é uma pena não ter ganho uma copa com a Seleção, mas foi campeão mundial itercontinental pelo Flamengo em 1981.
Zico é seguramente o maior ídolo do Flamengo de todos os tempos voltando no tempo, rememoramos a trajetória do eterno camisa 10 da Gávea, que vai desde a sua infância em Quintino, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, até os dias de hoje.
Caçula de um casal com seis filhos, Arthur era o mais protegido. E esse zelo vinha de todos os lados, especialmente por parte do pai. Embora tivesse nascido em Portugal, Seu Antunes nunca quis saber do Vasco, clube da colônia portuguesa no Rio de Janeiro. Vivia com a camisa do Flamengo pra cima e pra baixo, e procurou passar essa paixão rubro-negra para os filhos.
O sonho de se tornar jogador foi brecado pelo antigo chefe, que era vascaíno. Zico conta que por isso existia certa contrariedade do próprio pai de que os filhos ingressassem na carreira. - Ele teve uma decepção muito grande com o futebol. Ele era goleiro e na época tinha o futebol amador e o profissional. E ele sagrou-se tricampeão pelo Clube Municipal, de 39 a 41. Quando foi chamado para treinar no Flamengo, o patrão dele, torcedor do Vasco, ameaçou o emprego dele. Com isso, meu pai indicou Jurandyr, que era seu reserva no Municipal e acabou campeão carioca pelo Flamengo pouco tempo depois - revelou Zico.
Nessa caminhada de perseverança e sucesso, o ídolo colheu diversas histórias curiosas e marcantes. Uma delas foi o surgimento do apelido Galinho de Quintino, criado pelo antigo narrador Waldir Amaral. O codinome aproximou a referência de seus fãs Por conta dessa fragilidade física, Zico demorou até a ter espaço para jogar.
Em contrapartida, ganhou um suporte do Flamengo para fortalecimento muscular. O plano era simples: ganhar corpo para aguentar as divididas do futebol. Com controle alimentar, musculação e força de vontade, o candidato a craque cresceu 11 centímetros e aumentou o peso em 16 quilos em três anos. Foram meses sem jogar, só treinando.
e estreitou o tratamento íntimo de pessoas com quem jamais havia lidado na vida.
Quase foi para São Januário
Em meio a uma rotina cansativa de treinos conciliados com o colégio, a dificuldade financeira e a falta de amparo momentâneo do Flamengo com a joia que estava sendo lapidada quase afastaram o Galinho da Gávea. E o mais impactante era a possibilidade de transferência para o Vasco, o maior rival. Não fosse a paixão de seu Antunes pelo Rubro-Negro, o destino de Zico poderia ter sido São Januário. Ganhou quase tudo no futebol devido a habilidade com a bola rolando e parada, ótimo cobrador de faltas, fez gols antológicos no Fla, por fim no Japão, jogou lá e treinou a seleção japonesa, é muito reverenciado na ''Terra do Sol Nascente'' tabém jogou na Itáli nos anos 80.
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Zico em sua passagem pelo futebol italiano defendendo a Udinese (Foto: Reprodução) |
No Flamengo, Zico jogou a maior parte de sua carreira e se tornou o maior ídolo da história do clube, conquistando sete Campeonatos Cariocas, três Campeonatos Brasileiros, uma Copa União, uma Copa Libertadores da América e um Mundial Interclubes em 732 partidas disputadas e 509 gols marcados, quase o dobro do segundo maior goleador, Dida, que balançou as redes “apenas” 264 vezes.
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