The Moody Blues
Os Moody Blues foram um dos muitos projetos que surgiram na vaga da chamada british invasion, no final da década de 60 e início de 70. O percurso da banda teve início em Birmingham, Inglaterra, onde o grupo El Riot and the Rebels, fundado por Ray Thomas e Mike Pinder, era um dos mais importantes nomes da altura. Pinder abandonou entretanto o projeto, mas voltou a colaborar com Thomas em 1963.
A BANDA:
Juntos formaram os Krew Cats, uma banda que chegou a atuar em palcos alemães, e onde sempre foi muito bem recebida. Quando os músicos regressaram a casa, que é como quem diz, ao Reino Unido, depararam-se com centenas de novos grupos, todos em busca de um lugar ao sol.
Foi nesta altura que o duo resolveu recrutar músicos profissionais para formarem uma banda e enfrentar a concorrência, e foi então que nasceram os Moody Blues. Os eleitos foram Denny Laine (voz e guitarra), Graeme Edge (bateria) e Clint Warwick (voz e baixo), todos ex-membros das mais bem conceituadas bandas de Birmingham da altura.
Foi na sua cidade natal que os Moody Blues se estrearam, em Maio de 1964, e não tardou até partirem para uma digressão, que depressa esgotou. Seguiu-se a assinatura do contrato discográfico com a editora inglesa Decca Records, seis meses após a data da sua formação.
“Steal Your Heart Away”, o primeiro single da banda foi editado em Setembro de 1964, mas não chegou sequer a figurar nas tabelas de vendas britânicas. Em compensação, “Go Now”, lançado no mesmo ano, chegou ao topo da tabela de singles. No entanto, os singles que se seguiram não voltaram a gozar da mesma popularidade que “Go Now”, e a frustração instaurou-se no grupo.
O desgaste psicológico aliado ao cansaço provocado pelas digressões traduziu-se em pressão a mais para Warwick, que acabou por abandonar os Moody Blues em 1966. Ainda no mesmo ano, Laine seguiu os passos do ex-colega, e os seus lugares foram ocupados por John Lodge e Justin Hayward, respectivamente.
O disco “Days Of The Future Passed” (1967), tornou-se num álbum emblemático da carreira da banda, pela inovação que constituiu a conciliação de sonoridades rock com música clássica sendo assim considerada uma das bandas precursoras do rock progressivo.
No ano seguinte, “In Search Of The Lost Chord” viu a luz do dia, mas já sem a ajuda da orquestra.
Foi na fase que sucedeu à edição do registro de 1969, “To Our Children’s Children’s Children’s”, que os Moody Blues decidiram começar a produzir discos possíveis de reproduzir em concerto, apostando num som mais pesado. “A Question Of Balance” (1970) e “Seventh Sojourn” (1972) foram os trabalhos que se seguiram, sendo que este último foi já editado numa altura em que a banda acumulava o cansaço próprio da vida na estrada e da edição regular de trabalhos discográficos, daí que não tenha sido de estranhar o facto de terem esperado seis anos até editarem o álbum seguinte.
Os membros da banda decidiram reunir-se em 1977, no entanto, o processo acabou por se revelar complicado pelo facto de Pinder se ter entretanto mudado para a Califórnia. Apesar das contrariedades, os cinco músicos acabaram por encontrar uma solução que proporcionou a edição de “Octave”, em 1978. Porém, as dificuldades continuaram. Pinder, não satisfeito com o resultado final do registro, recusou partir em digressão com o grupo, tendo o seu lugar sido ocupado por Patrick Moraz.
“Long Distance Voyager” (1981) foi o sucessor de “Octave”.
O disco foi um êxito em termos de vendas, mas na década de 80, os Moody Blues deixaram de ser vistos pela crítica especializada como uma banda de referência.
Mais recentemente, a banda regressou a estúdio em 1999 para a gravação de “Strange Times”, editado no mesmo ano. Em 2003 lançaram o álbum December.
Integrantes.
Atuais.
Justin Hayward (Guitarra, Vocais, desde 1966)
John Lodge (Baixo, Guitarra, Vocais, desde 1966)
Graeme Edge (Bateria, Percussão, Vocais, desde 1964)
Ex - Integrantes.
Ray Thomas (Flauta, Percussão, Gaita, Vocal, 1964-2002)
Mike Pinder (Teclados, Vocais, 1964-1978)
Denny Laine (Guitarra, Vocais, 1964-1966)
Clint Warwick (Baixo, Vocais, 1964-1966, R.I.P 2004)
Rodney Clark (Baixo, Vocais, 1966)
Patrick Moraz (Teclados, 1978-1990)
POR MURO DO ROCK
PESQUISA: MAGNO MOREIRA
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